Intestino preso e mau humor: qual a relação?

Intestino preso e mau humor: qual a relação?

Transtornos de humor podem ter relação direta com o funcionamento do nosso intestino. Uma alimentação rica em fibras exerce papel positivo nessa questão. Veja como!

Parece estranho imaginar uma relação entre o intestino e o cérebro, mas acredite: fica mais fácil quando a gente percebe alguns sinais que o corpo dá. Sabe quando estamos diante de uma situação nova, excitante ou inesperada? Ou quando atravessamos a rua e, sem querer, esbarramos no crush? “Frio na barriga” ou “borboletas no estômago” são respostas que nascem da comunicação no eixo cérebro-intestino, que se ligam por meio do sistema nervoso central. Doidera, né?

Hoje já se sabe que essa relação é recíproca: o modo como o intestino funciona também é capaz de interferir sobre aspectos controlados pelo cérebro, como o humor – portanto, se o intestino vai mal, o humor segue pelo mesmo caminho.

Rotinas super estressantes, por exemplo, afetam o intestino. Dores, pontadas e náuseas são bem comuns nesses casos. Da mesma forma, quando temos uma constipação, ou seja, uma prisão de ventre, o cérebro também pode ser afetado, provocando alterações de humor e comportamento.

Pois é, saúde mental e bem-estar dependem de uma relação entre intestino e cérebro saudáveis – e para isso, médicos e especialistas recomendam uma rotina que combine alimentação rica em fibras, hidratação e atividade física.

A gente te explica como isso acontece!

O “segundo cérebro”

Não é exagero quando médicos e nutricionistas definem o intestino como o nosso segundo cérebro: o órgão, que é dono de um sistema nervoso próprio, é o único do corpo humano capaz de funcionar sozinho, sem o comando do cérebro. Acontece que o intestino se comunica com todo o nosso corpo, sobretudo com o cérebro, respondendo a estímulos sensoriais e emocionais.

O cérebro influencia nossas funções intestinais, e vice-versa. Isso porque existe um eixo de comunicação bidimensional que liga o intestino, a microbiota (bactérias e fungos que ajudam no trânsito intestinal) e o cérebro, de modo que um afeta o outro.

O combo indicado por especialistas para cuidar da mente e do intestino ao mesmo tempo incluem: alimentação diversificada e equilibrada, rica em fibras, hidratação (o ideal é tomar de 2 a 2,5 litros de água por dia), fazer atividades físicas com frequência e evitar o estresse.

Transtornos de humor

Enquanto uma alimentação desregrada afeta o trânsito intestinal, que por sua vez vai afetar o humor, o estresse excessivo e a poluição, por exemplo, vão afetar diretamente a microbiota. Tá tudo interligado!

Você sabia que 95% da serotonina*, o chamado hormônio da felicidade, está no intestino? Ela tem um importante papel na regulação do humor. E se o intestino se altera, como no intestino preso, a produção de serotonina fica prejudicada. Resultado: mudanças no nosso estado emocional. Com menos serotonina no sangue, o funcionamento intestinal também acaba sendo afetado, pois seu papel sobre o sistema digestivo não é exercido de maneira correta.

Isso significa que o estresse e a alimentação desequilibrada podem induzir alterações na microbiota, que afetam o cérebro e o comportamento fazendo com que citocinas inflamatórias perturbem a neuroquímica do cérebro. É aí que ficamos mais vulneráveis à ansiedade e à depressão, dois dos principais transtornos de humor.

Quanto mais fibras, melhor

Até aqui ficou bem claro que a alimentação é um princípio básico para garantir que o intestino funcione do jeito certo – e para cumprir suas funções garantindo todos os benefícios ao corpo devemos, além de procurar uma rotina saudável, com atividade física e hidratação adequada, ter uma alimentação balanceada com proteínas, carboidratos e, claro, fibras.

As fibras são responsáveis por ajudar a evitar a prisão de ventre e por reduzir o inchaço e o desconforto causado pela constipação. Elas estão presentes em alimentos de origem vegetal, como frutas, verduras, leguminosas, hortaliças e grãos, mas tem baixo valor energético, ou seja, oferecem menos calorias do que outros nutrientes, como gorduras, carboidratos e proteínas. Aliás, você pode calcular a quantidade de fibras da sua alimentação diária para ficar por dentro.

Médicos e autoridades sanitárias recomendam uma porção de 25 gramas de fibras diárias para um adulto saudável – mas com a rotina corrida, muitas pessoas não conseguem chegar nesse ideal. Nesse caso, pode ser necessário suplementar.

catufm

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