Relator do Orçamento diz que transição quer retirar Bolsa Família da regra do teto de gastos

Relator do Orçamento diz que transição quer retirar Bolsa Família da regra do teto de gastos

Programa de transferência de renda tem custo de R$ 105 bilhões, e PT avalia aumentar espaço orçamentário para R$ 175 bilhões

relator do Orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI), afirmou, nesta quinta-feira (10), que a ideia do governo eleito é retirar o Auxílio Brasil — que deve voltar a se chamar Bolsa Família — da regra do teto de gastos públicos na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição.

O programa atualmente tem um custo de R$ 105 bilhões, já previstos na proposta da Lei Orçamentária Anual (LOA), mas o novo governo avalia aumentá-lo para R$ 175 bilhões para manter o valor mensal em R$ 600, além do pagamento de R$ 150 por filho de até seis anos. “Nós vamos criar um espaço se nós aprovarmos a PEC excepcionalizando o teto de gastos desse valor todo do Bolsa Família, que tem despesa de R$ 105 bilhões, que estava previsto no Orçamento de 2023, e teríamos que acrescentar mais R$ 70 bilhões. Então seria R$ 175 bilhões. Nos tiraríamos do teto de gastos, se tirássemos tudo do teto de gastos, seria os R$ 70 bilhões que estamos acrescentando e os R$ 105 bilhões que já existiam”, explicou Castro.

A ideia seria usar o espaço orçamentário anual do programa, de R$ 105 bilhões, para outros projetos, como o Farmácia Popular, Merenda Escolar, saúde indígena e investimentos. De acordo com o senador, a matéria deve ser protocolada no Senado Federal por ser uma tramitação mais célere do que na Câmara dos Deputados.

“A expectativa é que a PEC seja apresentada hoje à tarde”, disse o senador. “Eu acho que está sendo formulado o texto em comum acordo. O que eu entendi é que a equipe gostaria de, antes de apresentar o texto final, ter o aval do presidente Lula”, completou.

A prioridade é a manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600, mais R$ 150 para famílias com crianças menores de 6 anos. Sem o recurso extra, o benefício cai para R$ 405 em 2023. Além disso, o aumento de 1,3% no salário mínimo, que deve custar R$ 7 bilhões, e a recomposição do mínimo constitucional da saúde, que tem déficit de R$ 15 bilhões, devem entrar na PEC.

catufm

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