Futuro diretor-geral da PF vê afronta e se recusa a participar de entrevista com delegado que interrogou Lula
Aliados do presidente consideram que Marlon Cajado não atuava com investigação ao fazer investigações contra o presidente eleito.
29/12/2022 12h13 Atualizado há um minuto
O coordenador da equipe de segurança de Lula (PT) e futuro diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, considerou uma afronta a participação, em entrevista sobre a segurança durante a posse presidencial, de um delegado da corporação que interrogou o petista.
A interlocutores, Rodrigues afirmou que a escolha de Marlon Cajado – atual superintendente substituto da PF em Brasília – para representar a corporação na entrevista, realizada nesta quinta-feria (29) em Brasília, foi uma “desfaçatez.”
Aliados de Lula avaliam que Cajado perseguiu Lula e não atuou com a isenção devida ao fazer investigações contra o ex-presidente.
Cajado interrogou Lula em 2016 no inquérito da Operação Zelotes, que investigava suposta venda de medidas provisórias à época em que ele comandava o Palácio do Planalto. O petista sempre negou irregularidades.
Cajado também foi responsável pelo inquérito em que concluiu que a nomeação de Lula para a Casa Civil pela então presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016, foi uma tentativa de atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato – e, portanto, de obstrução de Justiça.
A nomeação de Lula acabou suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF).