Bahia registrou 118 casos de SRAG e 2 óbitos causados pelo vírus sincial respiratório
Terça-Feira, 25/04/2023 – 13h56
Por RedaçãoPrincipal agente causador de infecções do trato respiratório inferior em bebês de até dois anos, o vírus sincicial respiratório (VSR) representou uma parcela considerável no número de notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na Bahia e nos óbitos decorrentes desta condição.
Segundo dados da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), foram registrados 118 casos decorrentes do agente etiológico e 2 mortes. A situação, no entanto, não difere do restante do Brasil. Dados do Ministério da Saúde indicam que as infecções aumentaram 76% no último mês, chegando ao total de 4.383 casos no ano.
A doença ocorre sazonalmente, sendo sua incidência mais frequente nos meses de outono e inverno no Brasil. Ela é responsável por 75% das bronquiolites e 40% das pneumonias em crianças de até dois anos. Lactentes com menos de seis meses de idade, pincipalmente prematuroas, crianças com doença pulmonar crônica da prematuridade e cardiopatas são a população de maior risco para desenvolver infecção respiratória mais grave.
Na maioria dos casos, a doença apresenta sintomas leves, que variam entre sete e 12 dias. O tratamento é feito em casa por meio de medidas gerais de suporte, como antitérmicos em caso de febre, e medidas para desobstrução nasal, como inalações com soro e a lavagem nasal. Em alguns casos, podem estar indicados broncodilatadores e nebulização com salina hipertônica.
A ocorrência do VSR, bem como outros detalhes sobre o agravo, foi exposta em um painel promovido pela AstraZeneca Brasil, juntamente com a Associação Brasileira de Pais de Bebês Prematuros (ONG Prematuridade.com) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), na manhã desta terça-feira (25), em um hotel do Centro Histórico de Salvador.
Foram convidados para o evento, que contou com a presença de jornalistas, a ex-secretária de Saúde do estado, Tereza Paim, o presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria e Mestre pela UNIFESP, Renato Kfouri, e a fundadora e Diretora Executiva da ONG Prematuridade, Denise Leão.
De acordo com Tereza Paim, a majoração no número de SRAGs pelo VSR é um reflexo do fim do período de isolamento social necessário durante a pandemia, o que fez com que o vírus tenha voltado a circular. “Temos aí um leque de crianças expostas que estão mais adoecidas do que antes”, comentou a profissional, que atualmente é coordenadora da Neonatologia da Maternidade José Maria de Magalhães Neto.