Campos Neto está do lado de Bolsonaro e meta de inflação é inexequível, diz Gleisi

Campos Neto está do lado de Bolsonaro e meta de inflação é inexequível, diz Gleisi

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), disse que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, está do lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e afirmou que a meta de inflação é inexequível.

A petista defendeu ainda que a política monetária obedeça à linha defendida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“O presidente do Banco Central declarou seu voto em Bolsonaro. O presidente do Banco Central estava em um grupo de ministros de Bolsonaro até há pouco tempo. Então ele tem um lado. Lado de Bolsonaro. Foi nomeado por ele. Ele não demonstrou a sua autonomia, sua independência política, por esses fatos. Quando o banco tem a decisão de manter as taxas nos níveis atuais, joga contra o Brasil”, disse Gleisi em entrevista à Folha.

Nos últimos dias, Lula tem feito duras críticas a Campos Neto. Ele afirmou nesta semana que a atual taxa básica de juros do país, a Selic, é uma vergonha. “Não existe justificativa nenhuma para que a taxa de juros esteja em 13,50% [ela está na verdade em 13,75%]. É só ver a carta do Copom para a gente saber que é uma vergonha esse aumento de juro”, disse Lula.

Ele também já classificou a autonomia do Banco Central como uma “bobagem” e chamou Campos Neto de “esse cidadão”.

Gleisi defende que, em meio à pressão de Lula, Campos Neto se adapte.

“O presidente Lula é presidente do Brasil. Tem direito e dever de falar sobre todos os assuntos. Não pode ser tolhido disso. Nós, como partido, achamos que está errada a política que está sendo implementada, que essa política monetária tem que ser mudada. Eu acho que o Conselho Monetário Nacional tem que se reunir, tem que reorientar as metas. E o Banco Central tem que cumprir”, afirmou a presidente do PT.

Segundo ela, a discussão levantada neste momento pelo partido e por Lula não é sobre a autonomia do Banco Central e o mandato dos integrantes do órgão –apesar de o PT ter votado contra o projeto de autonomia do BC.Continue lendo

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