Quatro crianças colombianas que sobreviveram à queda de avião são resgatadas após 40 dias na Mata

Quatro crianças colombianas que sobreviveram à queda de avião são resgatadas após 40 dias na Mata

Elas ficaram desaparecidas nas selvas do Sudeste da ColômbiaTodos que estavam na aeronave morreram, inclusive a mãe.

Depois de 40 dias perdidas na selva amazônica colombiana, as quatro crianças indígenas que estavam desaparecidas após um acidente de avião foram encontradas com vida nesta sexta-feira, 9. A informação foi confirmada pelo presidente colombiano, Gustavo Petro, em seu Twitter. Ele não deu detalhes sobre o quadro de saúde delas. Na manhã deste sábado, 10, os quatro chegaram a Bogotá para receber atendimento médico.

“Uma alegria para todo o país! As quatro crianças que estavam perdidas há 40 dias na selva colombiana apareceram vivas”, escreveu Petro. Ele também postou uma foto de vários soldados e indígenas que participaram da operação para localizar as crianças.

Uma a uma, enroladas em cobertores térmicos e em macas, elas foram retiradas de um avião da força aérea em um aeroporto militar na capital, informaram jornalistas da AFP.

A uma temperatura de 12°C, soldados, indígenas, paramédicos e três ambulâncias os aguardavam em meio a aplausos.

Nas primeiras imagens divulgadas, as crianças são vistas no meio da selva com um punhado de soldados e indígenas. Duas das crianças estão deitadas em cobertores e outra está sendo carregada em seus braços. Todas elas parecem frágeis, magras e sem sapatos.

“Elas estão fracas. Deixemos que os médicos façam sua avaliação”, disse Petro aos repórteres em Bogotá. As crianças foram levadas para um hospital militar.

Mais de 100 soldados e indígenas da região, com o apoio de cães farejadores, rastrearam as crianças enquanto elas caminhavam pela selva entre os departamentos de Guaviare e Caqueta, no sul do país, onde ocorreu o acidente.

Lesly, que tem uma natureza “guerreira”, manteve seus irmãos mais novos em segurança, disse Fatima Valencia, avó das crianças, à AFP.

O oficial militar encarregado do resgate, General Pedro Sánchez, disse que foram os indígenas que encontraram as crianças.

“Encontramos as crianças: milagre, milagre, milagre!” foi a mensagem que ele recebeu, disse aos repórteres.

Eles faziam o trajeto entre Caquetá San José del Guaviare. A mãe das crianças, o piloto e um líder da comunidade nativa morreram.

Nas primeiras imagens divulgadas, as crianças são vistas no meio da selva com um punhado de soldados e indígenas. Duas das crianças estão deitadas em cobertores e outra está sendo carregada em seus braços. Todas elas parecem frágeis, magras e sem sapatos.

¡Una alegría para todo el país! Aparecieron con vida los 4 niños que estaban perdidos hace 40 días en la selva colombiana.

“Elas estão fracas. Deixemos que os médicos façam sua avaliação”, disse Petro aos repórteres em Bogotá. As crianças foram levadas para um hospital militar.

Mais de 100 soldados e indígenas da região, com o apoio de cães farejadores, rastrearam as crianças enquanto elas caminhavam pela selva entre os departamentos de Guaviare e Caqueta, no sul do país, onde ocorreu o acidente.

Lesly, que tem uma natureza “guerreira”, manteve seus irmãos mais novos em segurança, disse Fatima Valencia, avó das crianças, à AFP.

O oficial militar encarregado do resgate, General Pedro Sánchez, disse que foram os indígenas que encontraram as crianças.

“Encontramos as crianças: milagre, milagre, milagre!” foi a mensagem que ele recebeu, disse aos repórteres.

Crianças colombianas foram encontradas com vida na selva 40 dias após acidente aéreo
Crianças colombianas foram encontradas com vida na selva 40 dias após acidente aéreo  Foto: Fuerzas Militares de Colombia/Divulgação

As crianças estavam sozinhas e receberam atendimento médico, disse Petro à imprensa ao retornar a Bogotá de Cuba, onde foi assinar um acordo de cessar-fogo com os guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional. O presidente disse que as crianças são um “exemplo de sobrevivência”, após passarem mais de um mês perdidos na selva.

Segundo o jornal colombiano El Tiempo, as crianças estariam desidratadas e com picadas de inseto.

A busca foi realizada por militares e indígenas da região. As forças armadas disseram desde o início que tinham esperança de encontrá-los com vida. Um mês após o acidente, as equipes de busca informaram ter encontrado pegadas humanas a 3,2 quilômetros a noroeste do local onde caiu o avião. Três adultos e quatro crianças viajavam na aeronave.

No dia 17 de maio, Petro chegou a afirmar que as crianças haviam sido encontradas, mas a informação foi corrigida pelas equipes de investigação, que disseram que as buscas ainda não tinham sido bem-sucedidas. O presidente se retratou no dia seguinte. Ele apagou a postagem original sobre o resgate e se desculpou. “Sinto muito pelo que houve”, escreveu.

A notícia do desaparecimento das crianças correu o mundo, com vídeos e fotografias do exército das operações diárias de busca, nas quais foram encontrados abrigos improvisados com galhos, tesouras, grampos de cabelo, sapatos, roupas, uma garrafa, frutas mastigadas e pegadas.

“Hoje tivemos um dia mágico que, sem dúvida, nos enche de alegria. Chegando perto e tocando a paz no acordo que está avançando com o ELN. E agora eu retorno e a primeira notícia é que as comunidades indígenas que estavam na busca e as forças militares encontraram as crianças”, disse Petro aos repórteres ao retornar de Cuba, onde assinou uma trégua de seis meses com os guerrilheiros do ELN.

A busca foi difícil devido à densa vegetação da área, com árvores de até 40 metros de altura, à presença de onças e cobras e à chuva constante que impede que as pessoas ouçam possíveis pedidos de ajuda.

Dezenas de pessoas uniformizadas e indígenas tiveram que ser substituídas durante a operação devido ao clima e ao terreno difíceis.

Nas últimas semanas, o General Sanchez insistiu que as crianças estavam vivas e próximas aos homens uniformizados, embora tenha admitido que sua viagem era “implausível”.

Elas acabaram sendo encontradas a apenas cinco quilômetros do local onde o avião caiu.

Sabedoria indígena

Para Petro, “o que os salvou foi o aprendizado que tiveram com as famílias indígenas, por viverem na selva”.

Nessa região, de difícil acesso por via fluvial e sem estradas, as pessoas costumam viajar em aviões particulares.

Conforme a Organização Indígena da Colômbia, os Huitotos, que são nativos da região, vivem em “harmonia” com as condições hostis da Amazônia e preservam tradições como a caça, a pesca e a coleta de frutas silvestres.

As crianças embarcaram no avião com sua mãe em 1º de maio para fugir dos dissidentes do acordo de paz entre as FARC e o governo, que estão recrutando e aterrorizando os habitantes da região, disse o general Sanchez.

Wilson, um cão farejador que se perdeu durante as operações de busca, continua desaparecido, disse Petro aos repórteres./AP, EFE, AFP( Fonte: Estadão? Foto Capa: Forças Militares da Colômbia)

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