Covid-19: Asma pode não ser fator de risco para casos graves da doença, sugere estudo

Covid-19: Asma pode não ser fator de risco para casos graves da doença, sugere estudo

História por Monica Tarantino • Há 7 h

AGÊNCIA FAPESP – Desde o início da pandemia, em 2020, especula-se que a asma poderia contribuir para o agravamento e a letalidade da covid-19. Divulgados recentemente na revista Frontiers in Medicine, os resultados do maior estudo feito até agora com pacientes que foram hospitalizados no Sistema Único de Saúde (SUS) por causa dos sintomas clínicos mais graves da covid-19 sugerem exatamente o contrário. Além de não piorar o quadro, a asma pode ter um papel protetor na infecção pelo SARS-CoV-2.Faça isso para aliviar o zumbido e a perda auditiva! (assista)

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“Apesar de desenvolverem mais sintomas clínicos, os pacientes com asma foram menos propensos a morrer da covid-19 em comparação com indivíduos sem asma”, afirma um dos autores do trabalho, o biólogo e doutor em ciências da saúde Fernando Augusto Lima Marson, da Universidade São Francisco (USF), em Bragança Paulista (SP).

Para chegar a essa conclusão, o grupo formado por cinco pesquisadores avaliou os registros clínicos e demográficos de 1.129.838 pacientes hospitalizados com covid-19. Desse total, 43.245 (3,8%) eram pacientes com asma, uma prevalência baixa que já tinha sido apontada por estudos anteriores. Entre os doentes que precisaram de suporte ventilatório invasivo, por exemplo, 74,7% dos pacientes com asma morreram, enquanto o porcentual de mortes entre os pacientes sem asma foi de 78%. No grupo que recebeu suporte ventilatório não invasivo, 20% dos pacientes com asma foram a óbito versus 23,5% entre os pacientes sem asma. Entre os que não precisaram de suporte ventilatório, 11,2% dos pacientes com asma morreram. Já o porcentual de baixas dos pacientes sem asma na mesma situação foi de 15,8%. Todas as informações foram obtidas no banco de dados OpenDataSUS.

Asma é uma doença inflamatória crônica que se manifesta também por questões genéticas. Foto: Matthew Staver/The New York Times

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