PT quer travar indicações de Bolsonaro ao Judiciário e postos no e exterior
- Equipe de Lula quer frear indicações de Bolsonaro para o Judiciário e para postos diplomáticos;
- Objetivo é impedir que as sugestões sirvam a um projeto político do grupo que vai deixar o governo;
- Alguns nomes já foram sugeridos e outros ainda não.
A equipe de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer frear as indicações que o presidente Jair Bolsonaro (PL) enviou ou vai enviar para posições de alta hierarquia no Judiciário e para postos diplomáticos no exterior.
Conforme apurado pela coluna de Valdo Cruz, do g1, o objetivo é impedir que as sugestões sirvam a um projeto político do grupo que vai sair do governo.
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No caso do Judiciário, a avaliação é de que aliados de Bolsonaro têm interesse em sugerir nomes tanto por questões políticas quanto por processos em tramitação na Justiça. Antes de deixar o cargo em 31 de dezembro, o atual presidente pode indicar 16 desembargadores de tribunais regionais federais.
Com relação aos postos no exterior, diplomatas já foram indicados e agora aguardam a votação no Senado. O que a equipe do petista quer é evitar essa análise até a posse de Lula, em 1º de janeiro, já que o comum é que o presidente que está saindo aprove as indicações para premiar os diplomatas que trabalharam com ele durante o governo.
A ideia não é barrar todas as indicações, mas permitir que o futuro ministro das Relações Exteriores – que ainda não foi escolhido – faça a análise individual dos nomes sugeridos antes de mantê-los.
‘Revogaço’
A primeira semana de governo de Lula em janeiro de 2023, deve ser marcada por um “revogaço” de portarias e decretos publicados durante a gestão de Bolsonaro que facilitaram o acesso a armas de fogo e dificultaram o combate ao desmatamento.
A lista exata de normas que devem ser derrubadas ou modificadas começará a ser decidida esta semana, com o início dos trabalhos da equipe de transição, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, coordenada pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB).
Sobre a questão ambiental, a equipe de transição do governo eleito vai mapear as principais mudanças feitas na legislação pelo governo Bolsonaro que podem ser revogadas imediatamente, assim que Lula tomar posse em janeiro.